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Conta uma lenda indígena que o Sol era apaixonado por uma princesa Tupi. E ela por ele. A Lua, com ciúmes dos dois, contou sobre a paixão deles ao deus Tupã. Ele, por sua vez, ficou enfurecido e mandou erguer uma montanha mais alta que todas as outras. Assim, a princesa ficaria lá, aprisionada e sozinha. Fora do alcance do Sol.
Desde então, de tanta tristeza, o Sol sangra o poente e a princesa chora de saudades de seu amado. Ela chora tanto, que suas lágrimas enchem os veios das montanhas de água. E assim nasceu a lenda de Amantikir: a montanha que chora, em tupi-guarani.
Amantikir também era como os nativos brasileiros chamavam a serra que se estende por mais de 25 mil quilômetros quadrados do território brasileiro. Com a chegada dos portugueses nas terras tupiniquins, a serra deixou de ser chamada Amantikir, e passou a ser conhecida como é até hoje: a Serra da Mantiqueira.
O motivo para isso ter acontecido é bem simples e banal. Os lusitanos não conseguiam pronunciar a palavra amantikir como os nativos. Por isso, acabou se transformando em Mantiqueira.
Com mais de 700 espécies de plantas distribuídas ao longo de 60 mil metros quadrados, o Parque Amantikir trouxe para o seu jardim representações da Serra da Mantiqueira dos três estados que ocupa: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Para a representação da Mantiqueira Paulista, são utilizadas formas e elementos de países como França, Áustria e Inglaterra. A Mantiqueira Fluminense, mais nórdica e preservacionista, é representada por bosques e florestas.
E a Mantiqueira Mineira, onde se encontra 60% da serra, é representada por jardins brasileiros com as características da faixa ocupada pela civilização de índios tupis, que somavam mais de 3 milhões de pessoa há época, como a Trilha das Bromélias.
Walter Vasconcellos, o idealizador do Parque, também conhecido como Dr. Garden, conquistou prestígio e fez muitos amigos como paisagista em jardins particulares de Campos do Jordão.
Ao visitar jardins aberto ao público fora do Brasil, sentia a insatisfação de não encontrar um lugar tão encantador perto de casa e que pudesse ser apreciado por todos. Foi daí que surgiu a ideia de construir os Jardins de Amantikir. Com o aporte financeiro de três de seus principais clientes, o sonho se tornou realidade em 2007, quando o parque abriu seus portões ao público.
Ao caminhar pelo parque, você verá os colaboradores (muito educados, diga-se de passagem e, ao menos aparentemente, muito felizes) fazendo os serviços de jardinagem: podas, plantios e limpezas dos jardins. Ficando muito evidente o cuidado e o carinho dos colaboradores com os jardins do parque.
Não deixe de ler as placas postas no início de cada seção do jardim. Além de explicar brevemente o que você vai encontrar pela frente, elas apresentam frases simples, mas com grandes ensinamentos. Fazendo jus ao “jardins que falam”.
Informações
Tempo estimado: 1,5h à 3,0 horas.
Horário de Funcionamento: Todos os dias das 8h30 às 17h
Valor do Ingresso: R$ 40,00 (inteira – janeiro de 2017)
Endereço: Rodovia Campos do Jordão / Eugênio Lefreve, nº 215, Bairro Gavião – Campos do Jordão (Coordenadas GPS: 22°46’58.2″S 45°36’26.0″W)
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